Reconhecimento... tocaia... e bote!
Segundo romance de Alexandre Heredia, “Predadores”, está disponível pelo selo Spectrum da Editora Multifoco
Se ele não fosse ateu, eu o chamaria de amigo de fé. Cético, do tipo que encara a vida como ela é, Alexandre Heredia é escritor, Analista de Sistemas e vice-versa. Eu poderia escrever sobre ele por infinitas linhas, mas preferi deixar que ele mesmo falasse sobre sua vida e suas obras. Deleite-se com as palavras deste escritor sem meias palavras!
Alexandre Heredia - Como a literatura entrou em sua vida? Foi uma escolha tranquila?
Tudo tem história - Sou um daqueles que já lia antes de aprender a ler, sabe? Não me recordo de muita coisa de minha infância, mas lembro exatamente a primeira frase que li: "E aí, Zé?", em um gibi da Mônica, que só consegui ler depois de perguntar ao meu pai todas as letras. Isso foi antes mesmo de entrar no pré-primário. Quando comecei as aulas já sabia ler e escrever o básico. Meu pai me levava todo sábado no Barateiro perto de casa e me comprava um gibi. Eu sempre escolhia aqueles "Disney Especial", que vinham com 268 páginas, só para poder ler mais até a próxima visita à banca. Esse hábito nunca me abandonou. Tenho centenas de gibis em casa até hoje. Daí para os livros foi bem rápido. O primeiro livro que lembro de ter lido foi "Fernão Capelo Gaivota", do Richard Bach. Esse livro me mostrou que dá para fazer uma história bonita, envolvente, e sem quadrinhos! Minha mãe sempre me disse que economizaria em tudo, menos em livros, então sempre tive acesso fácil à literatura em casa. Quando eu tinha 14 anos ela abriu uma locadora de livros e me colocou pra trabalhar lá. E meu trabalho era exatamente ler o máximo de livros que eu pudesse para recomendar aos clientes. Li muito naquela época, e de tudo. De Sidney Sheldon a Phillip Roth. Foram 4 anos fazendo isso. Mas nunca tinha pensado em escrever nada até o dia que redigi, motivado por um pé na bunda que levei de uma namorada, uma carta fictícia de suicídio (meu raciocínio era o de projetar a minha dor para outra pessoa, e assim me dissociar dela). A carta foi lida pela mãe de uma amiga, que trabalhava no CVV, e ela chorou, emocionada. Percebi então que eu conseguia emocionar pessoas do mesmo jeito que eu me emocionava ao ler um bom texto e comecei a me focar não só na leitura, mas também na criação. A literatura é algo que sempre levei em minha vida, então nunca a considerei uma escolha. Não consigo me imaginar longe dela.
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Qual o perfil dos seus leitores de blogs ou de livros? São os mesmos?
Há uma zona de intersecção, mas são públicos bem diferentes. Em meus livros, graças às demandas de mercado e das oportunidades que surgiram, os textos tendem para o terror ou o suspense. Já em meus blogs eu costumo experimentar mais. Sendo eu meu próprio editor tenho liberdade de escrever em um mesmo espaço um texto cômico, um trágico, um escatológico, um erótico, um poético ou mesmo um didático, sem me preocupar. Sendo assim, quem lê meus blogs parece ter uma mente mais aberta a estilos diferentes de literatura.
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Você tem se afastado do "rótulo" de escritor que escreve sobre vampiros. Como você tem explorado as buscas de novos temas e personagens?
O rótulo "escritor de vampiros" me persegue um pouco sim, mesmo eu só tendo lançado um livro com a temática "vampiresca" (odeio essa palavra). E eu tento fugir desse rótulo simplesmente pelo fato que eu não aguento mais ver essa "nova geração" de autores simplesmente atolando nesse tema. Gosto de ler e escrever terror, daqueles que arrepiam a alma do leitor, mas tudo o que leio são romances melosos de vampiros bonitos com crises existenciais, então tento evitar cair nessa fossa. Ando numa fase de busca por temas diferentes. Sair um pouco desse calabouço que o fandom de literatura fantástica se enfiou. Abrir a janela, saca? Dá pra escrever um texto aterrorizante só com temas cotidianos. Ou uma crônica folhetinesca com arquétipos surrados. Ou uma alegoria social com monstros mitológicos. Tem tanta coisa diferente a ser narrada nesse mundo, então por que ficar preso numa figura imortal, sedutora e, mesmo assim, chorona e cheia de neuras? Eu ando mais pé no chão. Procuro histórias passadas na nossa realidade, de modo a extrapolá-las e transformá-las não em um texto "fantástico", mas em uma fantástica leitura e experiência para algum leitor por aí.
Liz Vamp. ALexandre Heredia e Zé do Caixão
Seus textos são bem descritivos (o que me faz lembrar dos textos de G. Flaubert). Você considera isso parte do seu sucesso como escritor?
Bom, como muitos de minha geração, fui influenciado pelo cinema e pelos quadrinhos, onde a imagem é mais importante que o texto em si. Então sempre que imagino alguma passagem em meu texto, eu a imagino como num filme, e depois simplesmente a traduzo. Mesmo assim tento mesclar as descrições de maneira orgânica à trama, pois a ambientação é parte essencial para a fluidez e ritmo narrativo. Meus textos, mesmo às vezes tocando em temas considerados pouco palatáveis, ainda assim mantém o leitor interessado e dentro da história. Estamos lidando hoje em dia com leitores ávidos, mas com diversas opções distratoras a toda volta. Manter o leitor preso ao seu texto é um grande desafio. Tem que saber pesar as descrições. Se você acha meu texto bem descritivo, precisa ver as primeiras versões deles. São leituras, releituras, cortes e adaptações infindáveis antes de chegar no ponto que considero que as descrições estejam bem balanceadas e sem prejudicar o andamento da trama.
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O que diferencia um bom escritor de um escritor medíocre?
Basicamente a honestidade. Qualquer um consegue aprender a escrever corretamente se tiver vontade e se esforce para tanto. Se você ler bastante chegará uma hora que você conseguirá até mesmo imitar perfeitamente estilos de autores consagrados. Saber a técnica é importantíssimo, mas um escritor puramente técnico é um escritor medíocre. É um músico que só toca pela partitura. Ele só se tornará um verdadeiro artista quando conseguir, usando ou deturpando essas técnicas, tocar o leitor, fazer alguma diferença. A leitura de um bom texto é epifânica. Sacode o leitor, tira-o de sua zona de conforto. Causa. Faz pensar, cogitar, imaginar. E um escritor só consegue isso quando é honesto consigo mesmo, deixando os temas e as histórias fluírem sem medo ou autocensura.
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Como nasceu a inspiração para o livro “Predadores”?
A vontade de escrevê-lo veio por causa de um filme horroroso de vampiros que assisti ("Vampiros do Deserto", ou algo assim). Eu já tinha escrito alguns contos na época e decidi que eu conseguiria escrever uma história longa de suspense melhor que aquela porcaria. Dessa noite até o dia em que sentei e comecei a escrever foram vários meses de planejamento e pesquisa. Eu queria uma história verossímil, plausível, mas que ao mesmo tempo criticasse essa literatura dos "vampiros eróticos", brincando com os arquétipos e subvertendo temas batidos. Por exemplo, o formato que escolhi, com capítulos "subjetivos" de cada personagem intercalados, é uma brincadeira com o formato baseado em diários de Drácula, de Bram Stoker. Já o fato de dividir o livro em três partes foi uma maneira de subverter a "estrutura de três atos", de Syd Field, trocando o tradicional "apresentação-confrontação-resolução" por "reconhecimento-tocaia-bote", que é a tríade do ataque de um predador. Então tentei fazer um livro de suspense linear, mas com pitadas de ironia em toda a história, que só quem ler atentamente irá perceber, mas mesmo assim interessante para o leitor casual.
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Como tem sido o retorno da publicação entre leitores? E entre os próprios escritores?
Graças a essa minha tendência em deturpar conceitos estabelecidos, sou recebido certas vezes com algum receio. Normalmente meus leitores ou amam ou odeiam o que eu escrevo, o que sempre considero um bom retorno. A arte deve causar alguma reação ao receptor. É obrigação de todo escritor tirar o leitor de sua zona de conforto, sacudir suas fundações, fazê-lo pensar. É esse meu principal objetivo quando escrevo. Graças a essa postura, angariei um certo respeito de meus pares, mesmo esse respeito não se refletindo em termos de popularidade. Mas mantenho um canal aberto constantemente com meus leitores, seja por e-mail, MSN, Orkut ou Twitter, e normalmente quem me procura não o faz para me xingar (risos). Já recebi elogios rasgados à minha produção, mas também críticas fervorosas. Gosto muito dessa troca.
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E por que o nome “Predadores”?
Na verdade sempre gostei de inverter expectativas, e esse título serviu exatamente para isso. O livro tem apenas um "vilão", então quem seriam estes "predadores"? A história é narrada a partir do ponto de vista de três personagens distintos, que não se conhecem inicialmente mas tem suas vidas entrelaçadas pela participação direta ou indireta de Radu (o tal "vilão"). Quando são confrontados com uma realidade que não estão habituados, cada um reage à sua maneira, mas sempre guiados pelo instinto de sobrevivência e de ganância, tão inerentes aos seres humanos. Sendo assim, no final das contas, todos nós somos predadores, variando apenas em objetivos e métodos. Todos achamos que os fins justificam os meios. É essencialmente a queda desta hipocrisia que o livro trata. Quem é o vilão? Quem mata porque precisa sobreviver ou quem se omite da família em nome de um tesão repentino? E por que isso nos torna vilões? Tento trazer essa reflexão em meu texto.
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O olho na capa do livro... quem fez a capa? Por que o olho?
O olho é uma característica física marcante em Radu pois, graças à sua doença, sua íris é esbranquiçada. De todas as características incomuns nele, são os olhos que mais chamam a atenção, então achei coerente colocar um na capa do livro. Mas, se você perceber, é um olho feminino. Fiz questão disso também, pois acentua a contradição que permeia toda a obra. E eu queria muito fugir da estética padrão das capas de livros de suspense, pois essa foi uma das motivações mais fortes que tive ao escrevê-lo. Evitei usar fundos negros, letras vermelhas, borrifos de sangue, essas coisas. Eu queria uma foto de um olho e só, como se o próprio livro estivesse à espreita de leitores (risos). A produção ficou a cargo da editora. Eu só aprovei o resultado final. Mas fui bem chato. Acho que descartei umas oito ou nove versões antes dessa.Dos personagens deste livro, qual você desenvolveu com mais entusiasmo? Por quê?Todo personagem é um reflexo do próprio autor. Isso não é novidade nenhuma. Cada um dos três protagonistas pode ser analisado como um reflexo distorcido de mim mesmo em certo momento. Ian é um pai de família frustrado com os rumos que sua vida tomou. Eva é fútil e superficial, mas no fundo é uma romântica incurável. Mas o personagem que mais me identifico é Dante. Gosto de sua postura de cético inconformado, que quer acreditar, mas não consegue, já que os fatos não corroboram suas crenças. Ele é racional, mas quando necessário é passional e impulsivo, mesmo que isso por vezes lhe cause mais problemas do que soluções. Sou muito assim, e narrar suas desventuras era bastante fácil. Mas se fosse para escolher o personagem que considero mais fascinante na história, escolheria Radu sem pensar duas vezes. Enquanto os outros personagens são um reflexo, Radu é uma projeção.
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Tem saudade de escrever no blog “O Psicopata Enrustido”? Seus leitores pedem a volta dele?
Não, não tenho saudades. O blog do Psicopata Enrustido foi importantíssimo em minha vida. Criei-o numa época em que não podia falar o que eu escrevia ali. Era libertador, terapêutico. Era honesto, acima de tudo, mesmo sendo fictício. Só que a vida muda, as pessoas mudam, eu mudei. De repente percebi que não precisava mais daquilo. Que perdeu o sentido. E a honestidade. Fiquei alguns meses desfribilando a produção lá até que percebi que o mais honrado para o personagem seria simplesmente sair de cena. Escrevi seu "epitáfio" e nunca mais redigi uma linha sequer com ele. Não sinto falta. Era hora de mudar de assunto. É um personagem que amo e a quem sou muito grato, mas que já ficou no passado. Nos primeiros meses recebi um monte de mensagens de leitores pedindo para eu voltar a escrever no blog, mas todos foram bastante compreensivos quando expliquei meus motivos. É melhor parar antes que o personagem se torne uma autoparódia, e tudo o que eu não queria é que ele tivesse esse destino. Mas até hoje é um de meus blogs mais visitados, e tem muita gente que o descobre todos os dias. Isso me deixa feliz, pois mesmo ele já não refletindo minha voz continua inspirando leitores. De vez em quando tenho vontade de fazer uma compilação com os melhores textos e publicar, mas até agora só ficou na idéia.
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Quais seus os blogs preferidos? Ou agora prefere o Twitter?
Sempre fui da opinião que o que importa é a mensagem, não o meio. Sou leitor voraz. Leio de tudo, independente da mídia que me transmite. Leio blogs, portais, enciclopédias, Twitter, e-mails, livros, revistas, gibis, bulas de remédio, etc. Meu leitor de RSS tem mais de cento e dez blogs cadastrados, que vão desde bobagens e piadas até leituras mais aprofundadas e técnicas. Meus preferidos hoje em dia são o Mental Floss (http://www.mentalfloss.com), o Men With Pens (http://menwithpens.ca) e os artigos da Cracked (http://cracked.com). Mas essa lista se renova todos os dias. Ah, um que recomendo é o Manual do Minotauro (http://verbeatblogs.org/manualdominotauro/), com as geniais tiras do Laerte. Quem quiser pode seguir meus delírios no Twitter também (@AleHeredia), pois sempre que encontro um texto que vale a pena ser lido indico lá. .
Qual dos seus livros mais movimentaram sua vida?
Todos geraram alguma comoção, de uma maneira ou de outra. A Coleção Necrópole teve uma razoável repercussão na mídia especializada, e é até hoje considerado um marco nesta nova fase da literatura nacional. Já meu conto na antologia Visões de São Paulo chegou a ser lido na íntegra no curso de Literatura Paulista ministrado na Assembléia Legislativa de São Paulo para professores e profissionais do ramo, tendo colhido diversos elogios rasgados. O Legado de Bathory me transformou numa espécie de especialista tupiniquim da história da condessa Erszebet Bathory da Hungria, apesar dessa nunca ter sido minha intenção ao escrevê-lo. Cada obra mexe com minha vida de uma maneira distinta, o que é sempre algo bem-vindo.
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Alguns escritores dizem que escrever livro é bom "pra pegar mulher"? A cada livro lançado, seu sucesso com elas aumenta? Como é isso? Como você lida com isso?
Pergunta capciosa essa, hein? Bom, lutar contra este estereótipo seria, ao menos em minha atual situação, um tanto contraproducente. Escrevi meu primeiro "livro" quando tinha 16 anos. Chamava-se "A Espada de Taranis", e nunca foi publicado. Mas isso nunca me impediu de sair por aí dizendo que eu era um escritor. E sim, funcionou algumas vezes. Quando comecei a levar essa atividade mais a sério eu era casado, e evitava que esse "mito" influísse em meu relacionamento. Mas o assédio existe, é natural e inevitável. Recebo "cantadas" de diversas garotas do Brasil inteiro, especialmente pelo Orkut, mas a maioria só quer saber de pegar um escritor e contar pras amigas, então eu não dou muita atenção (gargalhadas). Não, brincadeira. O assédio é menor do que eu gostaria e muito menor do que acham. Mas sim, eu tiro minhas casquinhas (risos).
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Ping-pong!
Cinema: Paixão.
Livros: Amor.
Internet: Muleta.
Música: Amor platônico.
Século XXI: Informação.
Família: A pedra fundamental.
Sexo: Consequência.
Amor: Saudade.
Paixão: Calorzinho bom.
Amizade: Confiança.
Casamento: Frustração.
Viagem: O Mundo.
Mulheres: Inspiração e transpiração.
Vampiros: Chatos.
Donzelas: Chatas.
Prostitutas: Uma saída de emergência degradante.
Psicopatas: Todos somos um pouco.
Diversão: Vício.
Solidão: Inevitável.
Mania: Viver.
Animais: Sou apaixonado por bichos. Especialmente gatos.
Humanos: Um mero acaso.
Deuses: Explicações simplórias para perguntas irrelevantes.
Liberdade: Essencial.
Prisão: Só as autoimpostas.
Perigo: Letargia.
Segurança: Perigosamente confortável.
Esperança: A imortalidade de minhas palavras.
Boa comida: Como de tudo.
Boa bebida: Não abro mão de um copo de Chivas ou um shot de Jack Daniel's.
Boa balada: Quando se acorda com ressaca, sem voz e destruído, mas sem parar de sorrir.
“Existem dois tipos de pessoas: os predadores e as presas.
Os seres humanos, em sua infinita pretensão, se imaginam no topo da cadeia alimentar simplesmente pelo fato de poderem raciocinar e terem um polegar inversor, o que lhes permite construir máquinas para suprir suas próprias limitações. Mas o corpo humano é imperfeito. Isso está cada vez mais claro à medida que os homens criam novos aparelhos que apenas os empurram para um sofá, onde se limitam a ver o tempo passar através de uma janela eletrônica, comendo comida processada e calórica, tornando-se criaturas decadentes e flácidas, muito diferentes da imagem poética que fazem de si próprios. São apenas as engrenagens, a força motriz, sem sentido ou direção.
Mas nós, meu caro, nós operamos o mecanismo.
Nós somos predadores.”
"Quem é mesmo esse cara?"
Alexandre Heredia foi um dos criadores do Necrozine (
http://necrozine.blogspot.com), um fanzine voltado à disseminação da literatura de terror, focada em novos e inéditos escritores nacionais. Este projeto cresceu e acabou se tornando a Coleção Necrópole, uma coletânea de contos de terror com vários autores cujo primeiro volume, Histórias de Vampiros, foi lançado em novembro de 2005 pela Editora Alaúde (http://www.alaude.com.br), na qual participa com o conto "O Edifício". O segundo volume, agora intitulado Histórias de Fantasmas, foi lançado durante a Bienal do Livro de São Paulo em março de 2006, com o conto "Catarse". No mesmo ano participou da antologia Visões de São Paulo - Ensaios Urbanos, pela recém criada Tarja Editorial (http://www.tarjaeditorial.com.br), com o elogiado conto "Vira-Latas". Em 2007 estreou no mundo dos romances com o livro O Legado de Bathory, uma aventura histórica passada na Hungria às portas da Segunda Guerra Mundial, publicado pela Editora Multifoco (http://www.editoramultifoco.com.br). Em 2008 lançou o terceiro volume da Coleção Necrópole, agora com Histórias de Bruxaria, com o conto "Cândido". No mesmo ano lançou seu segundo romance, Predadores, um intrigante suspense passado nos dias atuais, também pela Editora Multifoco.
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